terça-feira, 30 de abril de 2013

Hábitos de leitura no Brasil

Os números referentes ao hábito de leitura no Brasil não são muito animadores. O brasileiro está lendo cada vez menos. É o que revela pesquisa feita pelo Instituto Pró-livro em parceria com o Ibope inteligência, divulgada em março de 2012. 
O instituto Pró-livro realizou em 2011 sua terceira edição da pesquisa, intitulada: Retratos da leitura no Brasil. Os dados da terceira edição foram comparados aos dados da segunda edição, realizada em 2007. Em quatro anos o número de leitores (pessoas acima de 05 anos de idade que haviam lido pelo menos um livro nos três meses anteriores à pesquisa) caiu de 95,6 milhões (55% da população estimada) para 88,2 milhões (50%).
Em 2007, ler era a quarta atividade mais apreciada pela população nas horas vagas (36%), considerando-se a atividade de leitura como hobby. Já em 2011 a atividade caiu para o sétimo lugar (28%), atrás de atividades como assistir TV, escutar música ou rádio, descansar, reunir-se com amigos ou família, assistir vídeos/filmes em DVD, sair com amigos.
Apesar dos números desanimadores entre a população geral, no segmento evangélico os números são promissores. Segundo a pesquisa os evangélicos leem duas vezes mais do que a população em geral. É fácil perceber a diferença observando-se a quantidade de publicações cristãs evangélicas nas prateleiras de livrarias, em catálogos de revistas, bancas de jornal, e até mesmo em supermercados. 
A pesquisa revela também que entre os cinco primeiros gêneros que a população em geral costuma ler aparecem a Bíblia em primeiro lugar (41,1 milhões de leitores compreendidos na população de 88,2 milhões) e os livros religiosos em quarto lugar (29,6 milhões de leitores).

A população evangélica soma atualmente mais de 40 milhões de brasileiros, conforme as últimas pesquisas do IBGE, e, associada ao aumento do poder de compra da classe “C” (onde se encontra a maior parte dos evangélicos), ajudam a explicar o forte crescimento do segmento editorial cristão. Para se ter ideia, o nome do Pr. Silas Malafaia aparece entre os 25 autores mais admirados entre os leitores pesquisados, à frente de nomes de peso como por exemplo Castro Alves, Raquel de Queiroz e Luis Fernando Veríssimo. Livros como A cabana (Ficção – William P. Young), Casamento blindado (do casal Cristiane e Renato Cardoso), Nada a perder (biografia do Bispo Edir Macedo), entre outros que figuraram nas listas dos mais vendidos, ajudam a compreender a força do mercado editorial cristão e a avidez do público leitor por textos relacionados à fé cristã. 
À pergunta da pesquisa realizada em 2011, dirigida aos 88,2 milhões de leitores: “nos momentos em que você lê, de uma maneira geral, você diria que lê mais por prazer ou por obrigação, seja ela de escola ou de trabalho?” 75% deles responderam que leem mais por prazer, ao passo que 25% leem mais por obrigação. 
O local mais utilizado para a realização da leitura é o conforto do lar, seguido pela sala de aula, biblioteca, trabalho e no transporte (ônibus, metrô, avião).
O gosto pela leitura é algo que se adquire, que se aprende. Pais e professores têm papeis fundamentais neste processo. De acordo com a pesquisa são estes os principais incentivadores da leitura (Base: leitor que gosta de ler 2007/2011 - 77,2 milhões).
As crianças costumam imitar aquilo que seus pais realizam, e se os pais não têm costume de ler, dificilmente os pequeninos desenvolverão o hábito de leitura. Os pais, desde cedo, podem desenvolver o gosto pela leitura nos filhos através da contação de histórias, na fase da vida em que as crianças ainda não foram alfabetizadas. É necessário que haja o contato com as letras, e para isso é importante que sejam disponibilizados gibis, revistas, livros com gravuras bem coloridas, jornais, entre tantos outros meios que viabilizem a leitura. 
Atualmente existem livros infantis compostos de uma infinidade de materiais; são confeccionados utilizando-se ímãs, dobraduras, glitter, colagens, plástico, borracha, etc. 
Os professores aparecem na pesquisa do Instituto Pró-livro como os principais incentivadores e influenciadores da leitura (na pesquisa realizada em 2007 os pais ocupavam a primeira colocação). É no ambiente escolar que os jovens, as crianças e muitos adultos passam boa parte do tempo diário. Cabe aos professores, coordenadores pedagógicos e direção das instituições o desenvolvimento de projetos voltados para a leitura.

E a Escola Bíblica Dominical, que parte lhe cabe neste processo? E os pais evangélicos, estão formando filhos leitores? E os professores da EBD, têm gosto pela leitura a ponto de fomentarem o hábito em seus alunos? 
Vamos refletir acerca do nosso papel e da nossa prática diária; o quanto fazemos e o quanto precisamos realizar.
Boa leitura!


Para saber mais e conferir a pesquisa no todo em PDF visite: http://www.prolivro.org.br/ipl/publier4.0/texto.asp?id=2834

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